O Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS) formará uma comissão para debater a conduta dos profissionais frente à leishmaniose, doença que no ano passado provocou a morte de 12 pessoas em Mato Grosso do Sul.
O tema é polêmico, uma vez que a população ainda apresenta forte resistência à eutanásia de cães infectados, determinada pelos órgãos de saúde uma vez que mesmo que não adoeçam os animais continuam sendo hospedeiros. De outro lado está a preocupação com a matança de cães, a questão da afetividade do dono com o bicho e também há quem defenda o tratamento do animal.
A Comissão Estadual de Leishmaniose Visceral Canina vai reunir médicos veterinários especialistas no assunto e que atuam diretamente com a zoonose para promover um amplo debate e apontar novos rumos em relação à conduta profissional frente ao problema.
“Dentre todos os assuntos que merecem nossa atenção, a Leishmaniose tem prioridade, dada à importância e às dimensões que alcançou como zoonose, nos últimos dez anos”, diz a presidente do CRMV/MS, Sibele Cação.
Por meio de ofícios, o Conselho formalizou convites para as Universidades, Secretaria Estadual de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde, Centros de Controle de Zoonoses, Anclivepa-MS, SOMVET, Entidades de Bem-Estar Animal e Laboratórios Veterinários que estão realizando exames de diagnóstico da doença.
As instituições poderão ser representadas na Comissão por médicos veterinários que estejam inscritos e devidamente regulares com o Conselho.
A intenção é envolver todos os segmentos da profissão e democratizar a discussão. “Os convites foram formalmente entregues nesta segunda-feira, 26 de julho, e ficaremos aguardando as respostas até sexta-feira, 30 de julho, pois queremos criar oficialmente a Comissão de Leishmaniose no próximo dia 2 de agosto”, explica a presidente.
Ela explica que a Comissão será um órgão permanente de discussão da Leishmaniose no Conselho. “Mato Grosso do Sul precisa avançar nesta questão. Nosso objetivo é começar os trabalhos imediatamente, e promover um Seminário em setembro. Além disso, esperamos que outros Conselhos Regionais unam-se a nós nessa iniciativa, e que o Conselho Federal de Medicina Veterinária também crie uma Comissão como essa, a nível nacional”, enfatiza Sibele.
Fonte: CampoGrandeNews
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